Tuesday, December 08, 2009

Top 25 - 2009

Mais uma vez aqui, exclusivamente pra isso:

25- Emmy the Great - First Love
24- Jack Peñate - Everything is New
23- Karen O and the Kids - Where the Wild Things Are Soundtrack
22- Norah Jones - The Fall
21- The Horrors - Primary Colours
20- Julian Casablancas - Phrazes For the Young
19- Fever Ray - Fever Ray
18- Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures
17- Florence and the Machine - Lungs
16- Camera Obscura - My Maudlin Career
15- Jason Lytle - Yours Truly, the Commuter
14- The Gossip - Music For Men
13- Passion Pit - Manners
12- Monsters of Folk - Monsters of Folk
11- La Roux - La Roux
10- Yeah Yeah Yeahs - It´s Blitz!
9- Regina Spektor - Far
8- Dangermouse and the Sparklehorse - Dark Night of the Soul
7- Animal Collective - Merriweather Post Pavilion
6- Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix
5- Antony and the Johnsons - The Crying Light
4- Wilco - Wilco (The Album)
3- The XX - The XX
2- Grizzly Bear - Veckatimest
1- Dirty Projectors - Bitte Orca

Nas proximas semanas volto com os 150 melhores da década.

Monday, December 15, 2008

Back again ...

Esse blog só funciona nessa época do ano, única e específicamente para isso:

- Os 50 melhores álbuns de 2008

50 - The Courteneers – St. Jude
49- My Morning Jacket – Evil Urges
48- Santogold – Santogold
47- Stephen Malkmus & The Jicks – Real Emotional Trash
46- The Teenagers – Reality Check
45- Friendly Fires – Friendly Fires
44- Black Keys – Attack & Release
43- The Dodos – Visiter
42- Lykke Li – Youth Novels
41- Carla Bruni - Comme Si De Rien N'était
40- Someone Still Loves You Boris Yeltsin – Pershing
39- Cut Copy – In Ghost Colours
38- The Do – A Mouthful
37- JayMay – Autumn Falling
36- The Last Shaddow Puppets – The Age of Understatement
35- Black Kids – Partie Traumatic
34- Mystery Jets – 21
33- Hot Chip – Made In the Dark
32- Adele – 19
31- Los Campesinos – Hold On Now, Youngster
30- CSS – Donkey
29- Jamie Lidell – Jim
28- Detektivbyran – E18/Wermland
27- The Ting Tings – We Started Nothing
26- Okkervil River – The Stand Ins
25- The Killers – Day and Age
24- Tokyo Police Club – Elephant Shell
23- Ra Ra Riot – The Rhumb Line
22- Marcelo Camelo – Sou
21- Cat Power – Jukebox
20- Lightspeed Champion – Falling Off the Lavender Bridge



Dev Haynes é o americano por trás do Lightspeed Champion, ex-membro da banda Test Icicle,
Dev traz nesse seu primeiro álbum solo um Folk Pop, com boas canções como "Galaxy of the Lost", "Tell Me What´s Worth" e "Number 1". Contando com participações de Bright Eyes e Emmy the Great, Falling Off the Lavender Bridge crava uma boa posição na nossa lista.


19- Little Joy - Little Joy

O aguardado álbum do ex(?)-hermano Rodrigo Amarante e do baterista do Strokes, Fab Moretti, cheira a areia e a brisa californiana. Tente ouvir Brand New Start, Next Time Around e No One´s Better Sake e não lembrar aquele dia preguiçoso no verão passado que você passou na praia. Ótimo disco de estréia da dupla que conta com a ajuda da deliciosa voz de Binki Shapiro.


18- Tv On the Radio - Dear Science


Mais um elogiado album da banda de Brooklyn, Tv On the Radio. Dear Science não é certamente aquele álbum que você vai amar na primeira ouvida, é o típico álbum a ser assimilado aos poucos. Existe ali elementos que te prende e não deixa você escapar, faixas como "Halfway Home", "Red Dress" e "Dancing Choose" garantem a boa posição pra banda que passa fácil ao dificil teste do terceiro album.

17- Glasvegas - Glasvegas

Glasvegas apareceu como mais uma salvação da cena proposta pela NME, com o poderoso single "Geraldine". Não é pra tanto. Mas dê uma chance a eles, o álbum tem grandes exitos como o single já citado e tambem "Daddy´s Gone". O clima soturno, mas sóbrio se mantém em todo álbum, o que o deixa singular e com propósito.

16- MGMT - Oracular Spetacular


Oracular Spetacular do MGMT é fácil um dos álbuns mais divertidos do ano. A banda neo-indie-hippie constroem nas primeiras faixas ("Time to Pretend e "The Youth") a psicodelia que vem a seguir no restante do álbum, com ótimas músicas como "Eletric Feel" e um dos hits do ano "Kids". Indispensavel.

15- Duffy - Rockferry
A inglesinha surgiu com a decadência de Amy Winehouse, mas suportou a pressão e nos trouxe o delicioso Rockferry. "Rockferry", "Warwick Avenue" e "Hanging On Too Long" são faixas que vão te fazer esquecer (pelo menos um pouco) a outra ingles problemática.

14- Spiritualized - Songs In A&E



Jason Pierce é o cara por trás de Spiritualized, banda que surgiu nos anos 90 no ápice do BritPop. Agora ele volta após alguns de silêncio com o incrível Songs In A&E, que vai sendo cronstruido grandiosamente com faixas instrumentais intercaladas com as outras faixas. Destaque para "Sweet Talk" e "Soul On Fire".

13- Aimee Mann- Fucking Smilers


A cantora folk Aimee Mann trouxe em 2008 o álbum mais pop de sua carreira, e é tambem um registro delicioso de faixas que vão te fazer querer estar apaixonado a qualquer custo. Os destaques são "Phoenix" e "Freeway".

12- Kanye West - 808´s and Heartbreaks

Sou fã do Kanye West, muito fã. O cara consegue deixar o tal da "black music" alguma coisa perto do genial. Ele não dá uma bola fora e nesse seu último registro consegue despertar seu lado mais emocional e nos traz perolas como "Love Lockdown", "Paranoid", "Robocop", "Heartless" e "Street Lights". Talvez a decima segunda posição seja muito pouco pra ele.

11- Conor Oberst - Conor Oberst

Em seu primeiro álbum solo, Conor Oberst consege trazer o charme do Bright Eyes, com uma pegada ainda mais folk. O álbum é divertido, melancolico e esperançoso ao mesmo tempo. "Moab", "Eagle On a Pole" e "Get Well Cards" são faixas que você precisa ouvir.

10- Bonnie "Prince" Billy - Lie Down In the Light

O folk americano voltou as suas tradições este ano com o belissímo álbum do tambem conhecido como Will Oldham, Bonnie Prince Billy. Com uma abertura incrivel ("Easy Does It"), Lie Down In the Light é um disco para ouvir mais de uma vez e admirar um pouco mais a cada ouvida.

9- Vampire Weekend - Vampire Weekend


A estreia dos novaiorquinos do Vampire Weekend apareceu na rede em dezembro de 2007, e mesmo assim conseguiu se manter entre os 10 discos mais importantes de 2008. Com uma batida neo-afro-indierock eles conquistaram a critica e tambem o público com apresentações nos festivais mais importantes da europa e dos Estados Unidos.

8- Foals - Antidotes

Se eu tivesse uma banda hoje, ela seria como o Foals. Donos do show mais explosivo de 2008 em terras brasileiros, os ingleses lançaram um álbum tão estranho e quadrado que se torna redondo e de fácil audição. As batidas, as guitarras cruzadas e os barulinhos costumeiros do tal "math-rock" compõe um dos cds mais legais lançados no ano.

7- She and Him - Volume 1


Scarlet Johansson cantando foi um desperdicío e uma decepção, mas esse não é o caso de Zooey Deschanel e seu She and Him. Ao lado de M.Ward, a atriz consegue transparecer a americanidade necessária pra um belo álbum folk com raízes caldadas no pop e momentos de delicadeza e beleza única.

6- Kings Of Leon - Only by Night

O melhor cd deles depois do segundo (e melhor), Aha Shake Heartbreak. A banda volta madura, assim como em Because of The Times, mas com as pitadas caipiras e pop que eles conseguiram transpor nos dois primeiros discos. Arranjos competentes e letras despretenciosas garantem a boa posição pra banda do Tennessee.
5- Portishead- Third
Depois de 11 anos parados, Portishead está de volta. E que volta. Deixando de lado o trip-hop, a banda consegue com maestria momentos de pura beleza regida pelo vocal de Beth Gibbons, e outros momentos de admiração pela pela estranheza e equilibrios sombrios conquistados em faixas como "Machine Gun" e "The Rip". Necessário.
4- Laura Marling - Alas I Cannot Swim
Mallu Magalhães ? Já ouviu Laura Marling ? Vá correndo! A inglesa sensação de 18 anos, conquistou a nova platéia "folk" com seu álbum de estréia e um single matador, "New Romantic". A voz já é de cantora formada e os arranjos támbem, figurou em primeiro lugar na lista até boa parte do ano e já é um dos albuns imperdiveis dos últimos anos.
3- Fleet Foxes - Fleet Foxes
Fleet Foxes já é a banda do ano. A banda melhor posicionada em todas as importantes listas do ano não poderia estar fora dessa tambem. Mas não foi simples assim, o álbum ficou parado por um bem tempo por esses lados e só foi "descer" nos últimos meses do ano, conseguindo uma posição digna de obra-prima. E faz por merecer, ótimo álbum num ano tomado pela nova sensação folk.
2- Sigur Ros - Með suð í eyrum við spilum endalaus
Sigur Rós goes POP. Sim, a banda assumiu o que o mundo esperava deles (ou não). Um álbum calcado em levadas e batidas pop, assobiáveis e refrões, REFRÕES!!! Mas calma fã xiita da banda, como já era de se esperar, eles não erraram, pelo contrário eles acertaram e muito. Mesmo com tudo que já foi citado o álbum mantem características líricas da banda, que mantem a ótima posição nesta lista humilde.
1- Bon Iver - For Emma, Forever Ago.
O melhor álbum talvez não seja desse ano. Ele foi lançado em 2007, mas descoberto pelo mundo em 2008. Como ele não podia ser deixado de lado, eu considero deste ano.
For Emma, Forever Ago é um daqueles álbuns que você não consegue largar tamanha sua beleza e lirismo. Justin Vernon, o americano por trás do projeto Bon Iver, nos deixa uma pérola que nos vai fazer lembrar desse ano como um bom ano e que teve um lindo cd dado ao mundo e para as próximas gerações. Folk sofrido, uma voz fora do convencional e letras que te levam para a profundeza sentida por Justin, é isso que posso falar do álbum mais importante e mais bonito do ano.

Saturday, March 22, 2008

You wrote your number on my hand, it came off in the rain





Na Inglaterra tudo é hypado ao extremo, bandas que você pouco acreditaria que faria sucesso, lá ganha capas na NME e entram pras listas dos melhores albuns do ano. Existe vários exemplos de bandas assim, não vou citar, você mesmo deve conhecer bandas assim. E vou deixar claro, não estou falando do Cansei de Ser Sexy, apesar de que vários de vocês devem achar isso. O que aconteceu com eles foi sorte, foi estar no lugar certo, na hora certa, fazendo a coisa certa.

Porém, no meio desse monte de banda que inexplicavelmente faz sucesso lá, algumas ficam no vácuo, e esse é o caso da banda que eu vo falar agora, The Mystery Jets. Banda londrina que acaba de ter seu segundo cd lançado no mundo virtual. 21 é o sucessor do ótimo Making Dens, que esteve no Top10 do ano de 2006 desse que vos fala. Se você ainda não os conhece, corre para o blog mais perto de você e baixe o debut da band (colocaria o link aqui se achasse algum que ainda estivesse válido).

Se em Making Dens o pop misturado com indie rock e a boa mistura de percursão trouxe músicas como Alas Agnes, You Can´t Fool Me Dennis e Soluble In Air, 21 não fica pra trás nenhum pouco, e é a confirmação do Mystery Jets como uma boa banda dessa nova safra. Passaram com sobra pela maldição do segundo cd (o que não aconteceu com algumas bandas por aí, mas isso é assunto para posts futuros).

O álbum começa com a boa Hideaway, que segue a linha do album anterior, boas linhas na guitarra e teclado e o vocal divertido de Blaine Harrisson misturado no backvocal de toda a banda, como já é de costume em quase todas músicas da banda. Isso é só um preparativo pra melhor música ja feita pelo grupo, que vem logo em seguida, Young Love, é pop de extrema qualidade, que fica na sua cabeça e te faz cantar o refrão o dia todo. A boa letra ajuda támbem, "One night of love, nothing more, nothing less, one night of love, to put my head in a mess. Is that you in the bus ? Is that you in the train ? You wrote your number on my hand, it came off in the rain", simples mas pop é isso. Além de tudo temos támbem a participação da preferida desse blog Laura Marling (dá uma lida no post anterior).

O clima continua lá em cima com o la-la-la-la da divertida Half In Love With Elizabeth, e támbem com a lenta Flakes. Já em Veiled In Grey, eles parecem querer trazer os Smith de volta, a levada da música tem muita semelhança com aquelas que Morrissey cantava algum tempo atrás. Outro ponto alto do cd é Umbrellahead, tocada no piano monocórdio e com boas linhas cantadas por Blaine. A música garante uma boa quebra no cd, pra voltar com a támbem boa Hand Me Down. Ainda antes do cd acabar, a banda traz grandes momentos com a ótima crescente de Behind the Bunhouse.

21 é mais um álbum que pode ficar esquecido no hypemachine, mas por aqui não vai passar batido, baixe o cd e passe pra frente, porque a banda é boa e merece atenção.

Video de Young Love com Laura Marling:



Download:
http://rapidshare.com/files/100103935/_2008__21.rar
senha: rcd
(retirado da comunidade RCD)

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Thursday, March 20, 2008

My Manic and I

Olá.
Muito prazer.
O meu nome é Paulo.

Introduções feitas vamos ao que interessa, certo?

Em Janeiro eu recebo um scrap (maravilha esse orkut, não é?) do Kauê (quem mais?) falando para eu ir no show de uma tal Laura Marling e trazer um EP, se tivesse, dela para ele. Segui a ordem dele (só não achei o EP) e fui no show dela. Claro que antes disso eu fiquei como um louco na internet caçando as músicas dela, para ver se valia mesmo a pena, e acabei achando um pacote de MP3 com um monte de demos. Que sorte a minha, não?


Lá fui eu no show, e era difícil de acreditar que aquela menina (acho que na época ela ainda tinha 17 anos, agora tem 18), vestida com um moletom vermelho do Mickey, era a mesma que cantava tão lindas cações no meu ouvido (ou fone de ouvido, como preferirem). O show foi estranho, em meio a um público de menos de 100 pessoas ela cantou e errou, como errou. E, envergonhada, ela parava as música no meio e pulava para a próxima. O "show" durou pouco, apenas umas 6 músicas completas e 3 pela metade. Mesmo assim, ninguém parecia ter perdido a paciência com a cantora.

Suas músicas ecoaram pelo pequeno Sidewalk café, enquanto aquela pequena platéia assistia a primeira performance da Laura Marling em NY. Ela faria ainda mais uns 3 shows, mas esses, provavelmente, mais confiante, ela deve ter errado menos. O interessante do show foi justamente a vulnerabilidade que ela apresentou no palco. Nunca distante da platéia (ela estava sentada do meu lado antes do show dela começar), sempre ali, humana, errando.

Suas músicas são exatamente sobre isso. Sobre as falhas, vulnerabilidades, amores e desilusões. Exatamente o que ela mostrou para aquela pequena platéia. E isso fez com que fosse mais fácil aceitar, que uma menina de 17 anos consiga realmente cantar sobre o que ela canta. Uma alma velha num corpo de criança eu li por ai.

O seu álbum saiu um mês depois, eu fiquei meio decepcionado, mais por causa do que eu achava que o álbum deveria ser, do que pelo que ele realmente é. Minhas expectativas estavam tão altas, que seria realmente difícil ser surpreendido pelo ábum. E não incluir músicas como Anywhere With Meaning, I Know You!!! (que realmente deveria mudar o nome, mas estar no álbum) e principalmente, a mais famosa dentres essas, New Romantic; parecia para minha uma grande heresia. Isso adiciona ao fato de Ghosts That Broke My Heart, agora só Ghosts, ter piorado muito em relação a versão que eu tenho. E a minha decepção foi enorme, algo que só foi curado pouco tempo atrás.

Um dia, escutando o álbum (eu gostava de umas 3 músicas até esse momento) a ficha caiu. Lembro bem, foi escutando Failure (minha favorita do álbum). A letra da música me envolveu e a melodia entrou na minha cabeça. Fiquei apaixonado, de novo. Algo naquela saga do perdedor fez com que a música dela entrasse de novo no meu mundo. Quando ela fala de como ele era uma pessoa incrivel, mas que mudou, como Deus é imperfeito, pois somos feitos a imagem dele e nós somos imperfeitos, quando ela fala daqueles que nunca mais poderão fazer nada, de como ela desistiu de algo, tudo isso faz você pensar na sua própria vida. Quem nunca deixou alguma coisa para trás? E depois se arrependeu. Quem nunca viu uma pessoa amada perder a energia para a sua vida? É incrível que ela tenha apenas 18 anos e tenha chegado a essa realização, que veio antes até, pois essa música é "antiga" (pré-album).

A partir disso, músicas como The Captain and the Hourglass, Old Stone, além das que eu já gostava, Shine, Your Only Doll (Dora), a música bonus, My Maniac and I, além de outras fizeram todo o sentido do mundo. E ai já era, eu virei um fã absoluto e estou esperando anciosamente ver essa menina crescer, sofrer mais e cantar sobre isso. A Inglaterra deve ser um lugar realmente ruim, tantos músicos sofrem lá, o bom é que eles cantam sobre isso.

Existem algumas falhas: Ghosts está bem ruim, algo no refrão não está correto (o tom de voz usado na demo é TÃO melhor) e aquele fim overproduzido, me irritam; além de Night Terror, mesmo sendo uma favorita, aparentemente, nunca me desceu. Isso não tira o brilho do albúm dela. E o brilho dela.

Eu realmente espero ancioso os próximos anos, aonde novas músicas, EPs, álbuns e show virão e eu poderei aconpanhar a possível evolução dela. Não vai ser fácil, ela colocou uma pressão muito grande sobre ela, sendo jovem ainda ela pode sucumbir, mas acho, espero na verdade, que não.

MySpace antigo - Tem London Town e I Know You (com uma mixagem terrivel, mas eu adoro essa música).
MySpace atual

Por:
Paulo Ramos

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